Um brinde aos noivos
Esta é uma história para a qual a gente olha e resume em: “quando tem que ser…simplesmente acontece”. Mas, no que tange ao amor, nada é tão resumível assim.
Há de se destacar as forças insubstituíveis que habitam as almas daqueles que amam… o saber esperar, o querer fazer e o permitir-se sentir.
Saber esperar não é aceitar que o futuro se mostre como quiser, nem é sobre esperar que os outros mandem as coordenadas. A espera que leva à satisfação do amor vem carregada de paciência e observação. Não é sobre jogar-se ao mar e velejar a qualquer custo. É sobre buscar as marés mais favoráveis, não subestimar as tempestades e entender que há o tempo certo para cada coisa…mas, para aqueles que amam, todo o tempo já está sendo contado desde o primeiro olhar.
Querer fazer não é dizer que pretende ou “jogar pro universo” os desejos interiores. É na certeza do objetivo que se dissipam as forças contrárias, é na clareza do sentimento que se sobressai o interesse, é na afirmação da vontade que se oferece a segurança. Mas, ainda mais para pessoas metódicas e céticas, o querer tem que ser mais expressivo do que belas palavras. A força de uma rota bem traçada vale muito mais que a imponência do navio.
Mas a permanência e a sintonia de corações apaixonados que conquistaram o momento certo do encontro fundem-se e deságuam no permitir-se sentir. E o momento vale por toda a espera. Dizem que um momento é “perfeito” quando você relembra e diz…”eu não mudaria nada”. E a perfeição do encontro dos dois, que é resultado de todos os outros encontros e aparentes desencontros que a vida trouxe, resume-se numa frase tão belamente por ele dita… “eu faria tudo de novo outra vez. Faria tudo em dobro, se fosse necessário, para continuarmos juntos”.